
Há momentos em que a mídia parece seguir na mesma linha, na maioria das publicações. É raro, por exemplo, ler uma matéria na Veja e depois perceber que, também na Carta Capital, há outra com o mesmo teor informativo. Isso aconteceu com as reportagens sobre a farra das passagens aéreas pagas com o dinheiro público. Em um dos poucos (seus) momentos de lucidez, a Veja destacou em matéria a falta de vergonha de nossos parlamentares, que na maior cara-de-pau, tentam justificar tanta gastança. O mesmo fez a Carta Capital e outra revistas semanais. Esse tipo de assunto, percebe-se, é difícil de ignorar ou mesmo dar outro tom à linha editorial. Ainda bem que, com a pressão da mídia – que vez ou outra cumpre o seu papel social – a Câmara decidiu restringir o uso da cota de passagens para os deputados e seus assessores. A medida, como era esperado, atingiu os brios do baixo clero (deputados de legendas menores), que continuam defendendo o uso para familiares. Um dos argumentos: alguns deles terão problemas com suas mulheres porque não poderão mais levá-las a Brasília –onde trabalham quatro dias por semana. Se fazer a barba, cai serragem.
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