sexta-feira, 13 de março de 2009

Euforia



Já passou do limite do bom senso a euforia da mídia com a volta de Ronaldo aos campos de futebol. Mesmo jogando apenas parte dos jogos, o antigo Fenômeno atrai todos os holofotes do mundo esportivo. Nada mais natural, já que o público do futebol costuma ser passional, apaixonar-se e odiar quase que instantaneamente seus ídolos. O que é difícil de aceitar é a entrada dos jornalistas nessa euforia. Nos canais televisivos fechados e mesmo na TV aberta a presença da imagem de Ronaldo é massiva, estressante. O cúmulo de uma pauta recente: matéria sobre um companheiro de Ronaldo que não lhe passou a bola para fazer um gol durante uma partida, decepcionando a fiel torcida e, lógico, o Fenômeno. A matéria transforma um fato rotineiro entre boleiros - a disputa individual pela artilharia e pelos flashs - em uma polêmica nacional. Lamentável. Com tantas mazelas no futebol brasileiro, como cartolagem corrupta, seleção nacional em queda livre, campeonatos cada vez mais deficitários, seria interessante que nossos jornalistas esportivos se preocupassem em mostrar reportagens investigativas sobre esses temas, ao invés de babar a cada jogada de efeito de Ronaldo.

Um comentário:

  1. Olha, eu vejo/leio sobre jornalismo esportivo faz tempo. O unico profissional que ainda me desperta admiração é o Juca Kfouri. Ele é o unico que critica a imprensa, fala bem quando tem que falar, e fala dos escandalos da CBF. De resto, é ufanismo, tragedia e jocosidade.

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